Esse é um dos muitos textos que escrevo inspirado em alguma música. As vezes o texto reflete o que a letra da música transmite, outras vezes eu apenas me deixo embalar pela melodia. No caso deste texto foi a segunda opção. A primeira vez que escutei essa canção foi com uma amiga minha, pelo celular. Gostei e pedi para passar para o meu celular. Comecei a ouvir em uma noite e essa cena passou em minha cabeça durante toda a canção. Não foi muito difícil transcreve-la depois. E quanto a canção...? My Love Is Like A Star, da Demi Lovato.
Ele estava sentado no braço do sofá quando cheguei. Seu olhar parecia tão distante e triste. Era uma cena que eu não estava acostumada a ver.
– O que aconteceu? – perguntei me sentando ao lado dele.
– É essa minha solidão de sempre. – ele não me encarou.
– Por que você quer! – me aproximei um pouco mais.
– Acho que pode ser. – ele finalmente levantou a cabeça, mas não olhou para mim – Sabe, eu sou um romântico. Hoje em dia as pessoas parecem não reconhecer mais isso.
– Acho que entendo você. – tentei segurar sua mão, mas ele se esquivou – Bem, eu te conheço faz um certo tempo, mas nunca te vi com alguém. Você nunca teve ninguém?
– Pelo contrário. – ele se levantou – Já tive muitas. Digo, algumas. Muitas para o meu padrão. Mas todas elas sempre queriam algo de mim e não a mim. Acabei me acostumando a ser uma ponte.
– Não! – quase gritei – Você não é uma ponte!
Ele finalmente olhou para mim. Seus olhos esverdeados faziam meu coração gritar e saltar pela garganta. Ele era tão perfeito. Doía-me muito ver-lo sofrer daquela forma. Era uma verdadeira injustiça.
– Não precisa se preocupar comigo. – ele sorriu – Mas obrigado pela gentileza.
– Mas não foi gentileza! – novamente eu quase gritei.
– Sério? – ele olhou desconfiado.
– Sério! – sorri tentando não parecer uma brincadeira – Você é um cara legal. Tem suas qualidades.
– Eu sei que tenho. – ele fez um gesto de desdém com a mão – É uma pena serem tão insignificantes.
– Pare de se menosprezar! – e mais uma vez tentava não gritar. Era difícil ouvir tamanhos absurdos – Sabia que isso te estraga?
– Deveria me importar? – seu rosto havia se fechado novamente.
– Deveria sim! – disse bem alto – Quando você fica fazendo tão pouco de você mesmo as pessoas acabam se afastando de você.
– É o que eu faço! – ele se sentou novamente – De um jeito ou de outro eu sempre acabo afastando as pessoas ao meu redor.
– Eu ainda não me afastei de você. – tentei novamente segurar sua mão. Novamente falhei.
– E para ser honesto eu fico muito feliz por ainda estar aqui. – ele fitou a lareira.
– Sabe o que você precisa? – perguntei.
– Nascer de novo? – ele chutou.
– Não! – desta vez tive que gritar – Você precisa aprender a confiar mais em você.
– Em mim? – ele soltou uma risada.
– Você age como se cada palavra que fala pudesse ser motivo para te apedrejarem. – falei seriamente – Aprenda a viver!
– Para você é fácil falar – ele ficou vermelho – Você é linda, inteligente, simpática. Quem não iria querer ficar ao seu lado?
– E por acaso você vê algo de diferente na frente do espelho? – perguntei.
– É óbvio! – agora ele quem gritou – Eu sou feio, um pouco infantil, tenho uma vida chata...
– Por que você quer! – tive que interromper – Você não é feio. Eu não acho.
– Isso, definitivamente, não é algo que estou acostumado a ouvir. – ele deu um sorriso torto.
– Mas você não se permite ouvir – finalmente consegui segurar sua mão – Você se prende a conclusões precipitadas e se esquece que o mundo pode ser mais benevolente do que imagina. As pessoas não irão te crucificar apenas por que você falou. E mesmo que isso aconteça, não é o fim do mundo.
– E se eu errar? – ele parecia estar começando a levar a conversa a sério.
– E quem não erra? – sorri – Você será apenas mais um.
– Mas...
– Sem “mas”! – interrompi novamente – Se você ficar se privando de viver nunca irá encontrar alguém que te queira de verdade.
– E você acha que eu posso encontrar alguém assim algum dia? – ele perguntou inocente.
– Você ainda não reparou que já encontrou?
Pulei em seu pescoço sem medo. Essa conversa não era apenas um conselho que estava dando para um amigo, era uma revisão de tudo o que eu estava fazendo em minha vida. Enquanto saboreava aquele beijo quente de lábios que só se separavam para tomar um novo fôlego, pensei em como fui boba de guardar todo esse amor só para mim.
Ele me segurou pela cintura e me deitou no sofá. Seus lábios passearam pelo meu pescoço, enquanto os meus beijavam sua cabeça. Mais beijos desesperados seguiram naquele momento.
– Você realmente me quer? – ele perguntou.
– Apenas você. – respondi – Nada além de você.
E foram as últimas coisas que dissemos naquela noite. Não haviam espaços para mais palavras no meio de tantos beijos e caricias de um amor que nascia naquele momento e se juntava as estrelas para toda eternidade.
– O que aconteceu? – perguntei me sentando ao lado dele.
– É essa minha solidão de sempre. – ele não me encarou.
– Por que você quer! – me aproximei um pouco mais.
– Acho que pode ser. – ele finalmente levantou a cabeça, mas não olhou para mim – Sabe, eu sou um romântico. Hoje em dia as pessoas parecem não reconhecer mais isso.
– Acho que entendo você. – tentei segurar sua mão, mas ele se esquivou – Bem, eu te conheço faz um certo tempo, mas nunca te vi com alguém. Você nunca teve ninguém?
– Pelo contrário. – ele se levantou – Já tive muitas. Digo, algumas. Muitas para o meu padrão. Mas todas elas sempre queriam algo de mim e não a mim. Acabei me acostumando a ser uma ponte.
– Não! – quase gritei – Você não é uma ponte!
Ele finalmente olhou para mim. Seus olhos esverdeados faziam meu coração gritar e saltar pela garganta. Ele era tão perfeito. Doía-me muito ver-lo sofrer daquela forma. Era uma verdadeira injustiça.
– Não precisa se preocupar comigo. – ele sorriu – Mas obrigado pela gentileza.
– Mas não foi gentileza! – novamente eu quase gritei.
– Sério? – ele olhou desconfiado.
– Sério! – sorri tentando não parecer uma brincadeira – Você é um cara legal. Tem suas qualidades.
– Eu sei que tenho. – ele fez um gesto de desdém com a mão – É uma pena serem tão insignificantes.
– Pare de se menosprezar! – e mais uma vez tentava não gritar. Era difícil ouvir tamanhos absurdos – Sabia que isso te estraga?
– Deveria me importar? – seu rosto havia se fechado novamente.
– Deveria sim! – disse bem alto – Quando você fica fazendo tão pouco de você mesmo as pessoas acabam se afastando de você.
– É o que eu faço! – ele se sentou novamente – De um jeito ou de outro eu sempre acabo afastando as pessoas ao meu redor.
– Eu ainda não me afastei de você. – tentei novamente segurar sua mão. Novamente falhei.
– E para ser honesto eu fico muito feliz por ainda estar aqui. – ele fitou a lareira.
– Sabe o que você precisa? – perguntei.
– Nascer de novo? – ele chutou.
– Não! – desta vez tive que gritar – Você precisa aprender a confiar mais em você.
– Em mim? – ele soltou uma risada.
– Você age como se cada palavra que fala pudesse ser motivo para te apedrejarem. – falei seriamente – Aprenda a viver!
– Para você é fácil falar – ele ficou vermelho – Você é linda, inteligente, simpática. Quem não iria querer ficar ao seu lado?
– E por acaso você vê algo de diferente na frente do espelho? – perguntei.
– É óbvio! – agora ele quem gritou – Eu sou feio, um pouco infantil, tenho uma vida chata...
– Por que você quer! – tive que interromper – Você não é feio. Eu não acho.
– Isso, definitivamente, não é algo que estou acostumado a ouvir. – ele deu um sorriso torto.
– Mas você não se permite ouvir – finalmente consegui segurar sua mão – Você se prende a conclusões precipitadas e se esquece que o mundo pode ser mais benevolente do que imagina. As pessoas não irão te crucificar apenas por que você falou. E mesmo que isso aconteça, não é o fim do mundo.
– E se eu errar? – ele parecia estar começando a levar a conversa a sério.
– E quem não erra? – sorri – Você será apenas mais um.
– Mas...
– Sem “mas”! – interrompi novamente – Se você ficar se privando de viver nunca irá encontrar alguém que te queira de verdade.
– E você acha que eu posso encontrar alguém assim algum dia? – ele perguntou inocente.
– Você ainda não reparou que já encontrou?
Pulei em seu pescoço sem medo. Essa conversa não era apenas um conselho que estava dando para um amigo, era uma revisão de tudo o que eu estava fazendo em minha vida. Enquanto saboreava aquele beijo quente de lábios que só se separavam para tomar um novo fôlego, pensei em como fui boba de guardar todo esse amor só para mim.
Ele me segurou pela cintura e me deitou no sofá. Seus lábios passearam pelo meu pescoço, enquanto os meus beijavam sua cabeça. Mais beijos desesperados seguiram naquele momento.
– Você realmente me quer? – ele perguntou.
– Apenas você. – respondi – Nada além de você.
E foram as últimas coisas que dissemos naquela noite. Não haviam espaços para mais palavras no meio de tantos beijos e caricias de um amor que nascia naquele momento e se juntava as estrelas para toda eternidade.