Realmente esse Cosmo deveria usar algum tipo de mágica ilusória, por que o submarino olhando de fora também parecia bem menor do que olhando de dentro.
– O submarino já estava pronto faz umas duas semanas – Cosmo começou a falar – Só estava esperando você chegar ou as coisas ficarem feias mesmo.
Olhei para os dois lados espantada. Olhei novamente para ter certeza. Olhei para Cosmo confusa e coloquei a mão no peito.
– Eu? – perguntei incrédula – Você estava me esperando?
– Mas é claro! – Cosmo respondeu.
– Como? – perguntei novamente incrédula.
– Eu realmente fiquei apaixonado por sua história e pelo seu destino. Virei seu fã. – Cosmo começou a explicar – Sempre ficava igual uma criança quando Thalassa contava as histórias de suas aventuras.
– Mas você sabia quando eu iria voltar? – estava ficando assustada. Mais assustada.
– Não exatamente. – ele ficou serio – Eu sabia que você estava para voltar, mas achei que seria apenas daqui a uma ou duas semanas.
– E o que eu acho estranho! – Nicardo entrou na conversa. – Algumas vezes eu conseguia falar com a Rainha Alina, em meus sonhos.
– Você conseguia falar com a Rainha de Ofir? – Cosmo se espantou – Ela continua desaparecida!
– Eu sei, ela me contava! – Nicardo fitava o horizonte intrigado – Ela sempre me dizia que à hora estava chegando e que em breve ela apareceria para nós buscar. Mas então, dias antes de chegarmos aqui, a voz dela apareceu em minha cabeça e me guiou para um local isolado, uma floresta na montanha. Ela apareceu para mim e conversou comigo.
– Claro, a natureza! – Cosmo empolgo-se.
– O que tem a natureza? – Perguntei.
– Alina está novamente no auge dos seus poderes. – Cosmo começou a explicar – Mas, por algum motivo, ela continua presa. Talvez ela tenha um plano melhor.
– Mas é a natureza? – perguntei novamente.
– Existem varias dimensões, vários planetas e todas distantes umas das outras. – Cosmo começou a parecer o meu professor de ciências – Mas você sabe qual o único sistema que está interligado entre todas as dimensões?
– A natureza? – chutei.
– Exato! – sim, ele estava idêntico ao meu professor de ciências – A natureza e uma das coisas mais poderosas que existem e, obviamente, existe muita magia na natureza. Toda está magia está interligada. A magia da natureza é a única coisa que uni todas as dimensões.
– E o que isso tem haver com o fato de Nicardo ter visto a Rainha Alina na floresta? – perguntei.
– Falando nisso... Vocês cortaram meu assunto! – Nicardo lembrou.
– Desculpe, continue falando. – Cosmo ficou vermelho.
– Por instantes achei que estava tendo uma visão, mas era ela mesma. – Nicardo voltou a falar – Não pessoalmente, era um tipo de “mensagem holográfica”, mas era ela.
– E o que ela disse? – Thalassa perguntou.
– Ela disse que o pouco de controle que ela ainda tinha sobre Ofir desapareceu. – Nicardo se sentou – Ela contou que Bianor estava tentando de todas as formas trazer Beatriz de volta para Ofir. Ele não estava satisfeito em saber que Beatriz estava viva.
– Espere! – me assustei – Eu acho que ainda não digeri 100% essa história toda que vocês me contaram até agora. Quer dizer que esse Bia ai estava fazendo de tudo para me ver debaixo de sete palmos?
– É o que parece. – Nicardo respondeu.
– A Rainha Alina contou que estava usando toda a sua magia para vetar os pensamentos dela, assim Bianor não poderia descobrir qual eram os planos dela contra você e estava também fazendo o máximo possível para vetar os portais que Bianor estava abrindo.
– Como? – Cosmo se assustou – Portais?
– Como disse, Bianor estava querendo a todo custo trazer Beatriz de volta para Ofir. – Nicardo começou a explicar – Parece que ele começou a abrir dezenas de portais por varias dimensões em uma tentativa desesperada de trazer a Beatriz de volta.
– Nossa, ele quer mesmo a sua cabeça! – Cosmo passava uma mensagem extremamente reconfortante.
– Mas com a força de Bianor aumentando, a Rainha Alina acabou perdendo o controle da situação e pediu para que protegesse Beatriz até chegar o momento certo de ela voltar. – Nicardo me fitava – A Rainha disse que também estava preocupada com o que esses portais podem causar nas outras dimensões. Ela não sabia como Bianor estava abrindo-os e temia que mais pessoas de outras dimensões pudesse estar adentrando a Ofir por esses portais.
– Isso seria péssimo! – Thalassa estremeceu – Não sabemos o que existem em outras dimensões. Se Bianor resolver usar isso a seu favor, conseguir novos aliados. Não dá para saber o que será de Ofir se seres de outras dimensões se juntar a ele.
– E se ele encontrar seres poderosos, talvez o exército que o Rei Céleo está fazendo possa não servir de nada! – Cosmo parecia não gostar da idéia.
– Por que não contou isso antes? – Thalassa também não havia gostado da notícia.
– Foram tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Acabei me perdendo. – Nicardo respondia constrangido. – Mas o importante é que se ainda não estava na hora de Beatriz voltar, por que ela nos trousse agora? Isso que eu não entendo.
– Algo de muito grave deve ter acontecido. – Thalassa pensava alto. – Se a Rainha Alina realmente perdeu o controle da situação, não dá para dizer o que nos espera pela frente.
– Agora só nos resta esperar e descobrir o que nos aguarda. – Cosmo encerrou o assunto com um tom tenebroso na voz.
Só iríamos chegar a Leander de manhã, por isso resolvi dormir um pouco. Toda essa situação estava me desgastando demais. Era como se tivesse passado o dia inteiro fazendo os treinamentos de artes marciais que o Nicardo tanto insistia que fizéssemos todo domingo de manhã. Tentar encaixar todas as informações que eram jogadas bruscamente para cima de mim também exigia um pouco de esforço físico e mental. Meu coração sempre parecia explodir a cada nova informação e minha cabeça parecia estar sendo usada como bola de tênis, sendo jogada de um lado para o outro a cada nova informação.
Eu estava em um salão com paredes roxas. Olhava no espelho e via o reflexo de uma mulher com cabelos loiros e um vestido rosa. Eu já havia visto aquele mulher outras vezes, em outros sonhos, mas desta vez ela parecia estar realmente ali, atrás do espelho.
– Vejo que chegou bem a Ofir. – ela sorria – Isso é muito bom!
– Quem é você? – perguntei.
– Não está se lembrando de mim? – ela voltou a sorri – Acho que me filho tentou te proteger de você mesma!
– Seu filho? – perguntei.
– Você parece mais forte desde a ultima vez que a vi! – ela parecia admirada. – O Nicardo cuidou bem de você. Fez exatamente o que deveria ser feito. Foi uma sabia decisão. De ambos.
– Decisão? – estranhei – Do que está falando? Quem é você?
– Beatriz, não tema! – seu sorriso era doce – Eu estou do seu lado, mesmo que você não se lembre ainda.
– Mas será que poderia me dizer ao menos seu nome? – perguntei.
– Meu primeiro nome é Alina. – seus olhos brilhavam feito pedras preciosas – Já fui conhecida como Rainha de Ofir, a capital. Hoje estou sendo dada como morta pela maior parte deste mundo.
– Então você é a Rainha Alina? – estava espantada e constrangida – Me perdoe, eu... Eu não sabia!
– Você não tem do que ser perdoada. Não fez nada. – sua mão tentou tocar meu rosto, mas foi impedida pelo vidro do espelho.
– Eu não sei o que dizer. – acabei fazendo uma reverencia. – Eu soube que esse homem que te aprisionou estava atrás de mim.
– Ele não te perdoa por ter escapado viva. – ela parecia triste – Ele ainda não sabe que você está aqui. Tente esconder-se o máximo que puder, pelo menos até que recobre sua memória.
– Mas como eu faço para recobrar minhas memórias? – perguntei e, instintivamente, tentei alcançar-la, mas bati de cara no espelho.
– Não será batendo a cabeça! – ela deu uma risada angelical. – Encontre meu filho. Encontre Alexis. Ele saberá como trazer suas memórias de volta.
– Mas como eu encontrarei Alexis? – perguntei.
– Eu não posso mais falar, ele está chegando! – A Rainha Alina se assustou.
– Ele quem? – perguntei.
– Bianor! – ela estava nervosa – Ele pode nos ouvir.
– Como? – começava a ficar assustada.
– Procure por Alexis. – a imagem da rainha começou a desaparecer.
– Mas onde eu o encontro? – perguntei desesperada.
– Não! – ela deu um grito surdo – Ele nos ouviu!
Acordei gritando. Senti Nicardo me segurar, mas não conseguia ver-lo. Não, eu o via. Conseguia ver-lo, mas não conseguia alcançar-lo. Eu estava confusa. Aquele nome. Alexis. Por que ele mexeu tanto comigo?
Eu começava a ficar desesperada e tentava a todo custo me mexer, mas parecia que algo estava me prendendo. Não estava conseguindo respirar. Por que aquele nome? Por quê? O que Alexis significa para mim? Por que eu estava tendo aquela reação.
Sentia como se precisasse urgentemente ver-lo. Como se minha vida dependesse de encontrar-lo. E não era só por conta de minha memória perdida, mas o simples fato de ver-lo parecia estar mexendo comigo de uma forma assustadora.
Não conseguia me acalmar. Temia estar ainda gritando. Já não sabia o que estava fazendo, havia perdido completamente o controle. Era como se meu coração soubesse exatamente quem era esse Alexis, mas minha cabeça tivesse entrado em curto tamanho o desespero que se encontra na tentativa de se lembrar quem era Alexis.
Ouvi vozes desesperadas. Deveriam ser Thalassa, Cosmo e Nicardo. Abri os olhos.
– Mas o que está acontecendo? – Thalassa gritava. Fechei os olhos.
– Faça alguma coisa! – Cosmo também gritava. Abri os olhos.
– Eu estou tentando! – Thalassa estava nervosa – Nicardo faça alguma coisa! – fechei novamente os olhos.
– Beatriz – era a voz de Nicardo – se acalme!
– As rachaduras estão começando a se fechar, mas a água continua entrando! – era a voz de Thalassa. Eu continuava piscando.
– Essa água não pode ficar aqui dentro! – Cosmo estava preocupado – Vai acabar estragando os equipamentos!
– Beatriz – era Nicardo outra vez – se acalme!
– Está aparecendo mais buracos! – Thalassa estava desesperada – Eu não irei dar conta!
– Nicardo faça-a parar! – era a voz de Cosmo gritando.
– Eu estou tentando, mas não sei o que fazer! – Nicardo estava desesperado.
– O que será que aconteceu para ela ficar desse jeito? – Cosmo estava se aproximando. Eu já havia parado de piscar, mas minha visão continuava escura.
– Eu não sei! – Nicardo estava desesperado – Eu não consigo mais ler a mente dela!
– Consegui parar os outros buracos! – Thalassa parecia cansada – Mas se novos buracos aparecerem eu não conseguirei dar conta!
– E essa água? – Cosmo estava nervoso – Vai ficar aqui?
– Uma coisa de cada vez! – Thalassa se irritou – Quer que eu mantenha os buracos fechados ou prefere que mais água entre no submarino?
– Tudo bem – Cosmo parecia chateado – já entendi!
Eu deveria estar causando muitos problemas. Minha cabeça estava muito confusa e não sabia direito o que pensar, mas eles pareciam desesperados por minha causa. Era de se esperar que mais cedo ou mais tarde a minha má sorte viesse dar um “bom dia”.
Tentei relaxar. Respirei fundo e tentei manter minha cabeça longe de tudo e me concentrar apenas em parar o que quer que eu estivesse fazendo. Não queria ser a culpada por um desastre.
– Veja! – Cosmo pareceu mais animado – Os buracos estão se fechando!
– Acho que você já pode desfazer as barreiras! – era a voz de Nicardo.
– Já não estava aguentando a pressão! – Thalassa parecia realmente cansada.
– Não faça mais isso! – uma voz diferente – Tente se controlar. Eu quero te reencontrar viva! – sentia que conhecia essa voz, mas não sabia de onde. Foi então que...
– Alexis! – gritei.
POF! Um novo e pequeno buraco abriu no submarino que gradualmente voltou a se fechar conforme eu ia perdendo os sentidos.
A última coisa que me lembro antes de perder os sentidos e de ouvir Cosmo dizer “estamos chegando!”. Não sei se fiquei muito tempo desacordada, mas sei que foi tempo o suficiente para chegarmos a Leander.
Quando acordei, estava no colo de Nicardo. Ele mexia em meus cabelos e passava a mão em meu rosto. Provavelmente não saiu de perto de mim um único momento. Eram esses pequenos detalhes que eu amava nele.
– Está melhor? – ele perguntou.
– Estou! – respondi – O que aconteceu?
– Não sabemos direito. – ele sorriu – Você estava dormindo e de repente começou a ficar nervosa. Você estava tendo um pesadelo?
– Eu não sei, não consigo me lembrar!
Tentei me levantar, mas estava um pouco tonta. Nicardo me segurou e me colocou deitada no colo dele outra vez. Fechei rapidamente os olhos, respirei fundo e tentei me levantar novamente. Desta vez consegui me manter de pé.
– Ainda falta muito para chegarmos a Leander? – perguntei.
– Não! – Cosmo sorria – Acabamos de chegar.
– Mas não será arriscado sairmos assim do submarino? – ainda estava um pouco tonta.
– O submarino está invisível. – Cosmo respondeu – E estamos parando m uma área isolada. Longe da visão da maioria das pessoas. Talvez pelos céus pudessem nos ver, mas acho difícil. Leander virou uma cidade fantasma.
– Cidade fantasma? – Nicardo se assustou.
– Lembra que eu te disse que não iria gostar de como iria encontrar Leander? – Thalassa ficou fitando Nicardo. – Leander foi o primeiro reino a ser completamente destruído. Não existe quase nada por lá. Os leandineses se dissiparam pelos outros reinos em busca de abrigo, enquanto outros se juntaram a Bianor. Os poucos que continuam vivendo nas ruínas de Leander têm uma vida miserável.
Nicardo engoliu a seco a informação. Ele fechou os olhos e respirou fundo. Parecia estar prendendo o choro. Era ruim ver a pessoa que a gente ama nesse estado.
Cosmo abriu a porta do submarino. Estávamos em frente a um grande deserto de areia e destroços do que um dia deveria ter sido uma casa bem grande.
O sol estava bem forte e não demorou nem um pouco para estarmos todos cansados, com sede e suando muito. Às vezes parávamos em baixo de alguma ruína para se proteger do sol e descansar, mas a sede continuava firme e forte. Ninguém havia lembrado de trazer água.
– Thalassa? – Cosmo quase gritou – Você é a princesa das águas. Faça alguma coisa!
– Eu não tenho energia o suficiente. – ela estava mais cansada que todos nós – Se eu perder mais água em meu corpo vou acabar morrendo.
– Vamos todos acabar morrendo se continuarmos a andar sem direção! – Cosmo estava irritado.
– Não tem como achar o Tales nisto aqui! – Thalassa reclamava.
Estávamos sentados debaixo de uma grande telha que estava apoiada em uma grande árvore. Conseguíamos ver boa parte do local de onde estávamos. Mas não era uma visão muito agradável. Era algo nada admirável.
Um pouco a direita havia um grande prédio que a cada segundo perdia uma pequena parte dele. Ao lado uma casa destruída pela metade. O telhado havia sido levado todo embora, mas a parte direita da casa parecia intacta. A esquerda havia outra grande casa, com o telhado aberto e as portas e janelas estilhaçadas. O pouco vento que batia fazia pequenos cacos de vidro caírem.
Talvez em outras épocas isto aqui pudesse ser bem bonito de se olhar, mas hoje não era um bom ponto turístico. A única construção que se mantinha de pé era o que parecia ser o castelo. Não estava intacto, mas era o que menos havia sofrido com o que quer que tenha deixado este lugar assim.
Continuamos andando atrás do Tales. Não ter a mínima noção de onde ele pudesse estar não estava ajudando muito, mas estávamos tentando da melhor forma que estávamos conseguindo.
Entramos em uma zona com varias casas abandonadas. As casas não estavam destruídas, apenas velhas demais. Por varias vezes sentia vultos passando por trás de mim e quase podia sentir olhares estranhos em nossa direção. Aquele local estava me dando medo.
Quanto mais andávamos, mas as casa se juntavam até que formou um pequeno corredor onde só era possível passar um por um.
As casas tinha placas quase caindo e portas e janelas remendadas com madeira. Algumas tinham uma sacada, mas não parecia muito confiável. Havia buracos em algumas paredes, mas aparentemente os mesmos foram tapados pelo lado de dentro.
O silêncio era absoluto. Apenas os nossos passos podiam ser ouvidos. O clima naquele lugar estava extremamente assustador e perigoso. Se precisássemos lutar ou fugir, não teríamos espaço para isso.
Arrisquei olhar entre as gretas de algumas casas. Não havia absolutamente nada. Em algumas via vultos passarem rapidamente, mas não conseguia identificar o que eram. Mas por dentro as casas pareciam habitadas. Seria possível?
O caminho começou a se alargar novamente. As casas começaram a ficar para trás e novamente estávamos indo em direção a um campo de ruínas. Temia estarmos andando em círculos.
Ouvi um barulho estranho. Algo tipo Psiu vindo de algum lugar. Andamos um pouco mais e novamente ouvi o Psiu vindo de trás de mim. Desta vez os outros pareceram ouvir também.
– O que foi isso? – Thalassa parou. – Vocês ouviram?
– Não tenho certeza, mas acho que ouvi um “psiu”. – disse.
Ignoramos e continuamos andando, mas logo paramos outra vez. Uma pedra havia sido atirada na gente.
– Tudo bem, o que está acontecendo aqui? – Thalassa procurava quem havia atirado a pedra. – Acho melhor seguirmos.
Voltamos a andar, mas o atirador atacou novamente e o alvo fui eu. Com a ajuda da minha grande sorte, acabei tropeçando na pedra e caindo de cara no chão de areia quente.
– Quem fez isso, seja homem ou mulher e apareça! – Cosmo gritou.
– Ei? – uma voz vinha distante – Aqui!
– Onde? – Nicardo perguntou.
– Aqui!
Seguimos a voz e nos deparamos com um rapaz, debaixo dos destroços do que deveria ter sido uma lanchonete – o que explicaria a placa com um tipo esquisito de sanduíche.
O jovem tinha longos cabelos ruivos, amarados com uma fita lilás e com uma cara de quem não gosta nenhum pouco da palavra “trabalho”.
Thalassa, Cosmo e Nicardo olharam surpresos. Eles pareciam saber exatamente quem era aquele rapaz. Uma expressão de alivio tomou conta de todos, até que finalmente entendi quem era o rapaz.
– Tales! – Nicardo gritou.
– Quanto tempo não?