Não tenho muito o que comentar sobre esse texto. Não está entre os meus melhores, escrevi apenas por escrever. Esse é um daqueles textos que eu simplesmente fui escrevendo o que vinha a cabeça e tentando fazer com que ficasse coerente.
Não havia passado muito tempo desde que eu entrei naquele ônibus quando ela me veio à mente. Não esperava que pudesse me arrepender algum dia de uma decisão tomada com tanto cuidado e com tanta sensatez. Por mais que minha mente dissesse que foi o melhor a se fazer, meu coração parecia mandar degolar minha cabeça por estar agindo desta forma.
Pensei em descer do ônibus, correr até aquela janela florida e gritar o mais alto possível “Eu voltei!”, mas agora seria tarde demais. Depois de tudo o que eu disse, tudo o que eu jurei, as promessas que fiz a mim mesmo. Há certos momentos em que o orgulho fala mais alto e não existe nada que possa ser feito para mudar isso.
O ônibus continuou seguindo seu caminho e a imagem dela olhando para mim daquela janela florida (que em outros momentos foi o cenário das mais belas recordações) fez meu coração sangrar e chorar e berrar. A dor já havia transpassado o emocional e se tornava física. Estava me machucando de todas as maneiras. Não pude suportar.
No dia seguinte, assim que o ônibus chegou ao seu destino, comprei outra passagem e resolvi voltar. Do que me valeria todas as minhas ambições sem ela? Que ganhos eu teria preservando meu orgulho se a dor de perdê-la era maior que a humilhação que iria passar? Isso é, se eu realmente fosse passar.
A viagem de volta foi mais leve, com tom de esperança. Os pensamentos estavam em paz e meu coração e minha cabeça em perfeita harmonia. Agora eu tinha certeza de que estava fazendo o certo.
Cheguei e corri para a casa dela. Eu precisava falar o quanto antes. Gritei várias vezes o meu apelo de perdão, mas não obtive resposta. Tentei falar mais alto, mas tudo que consegui foram os berros dos vizinhos pedindo para que me cala-se. Foi então que percebi que a porta estava aberta.
Entrei e logo de cara o espanto tomou meu peito. A casa estava vazia. Corri por entre os cômodos e não tinha absolutamente nada. Corri para o quarto, o nosso quarto, e a situação era a mesma. Até que notei, grudado no vidro da janela, um pequeno bilhete.
Eu sabia que você voltaria, mas chegou tarde demais.
Você deixou a felicidade escapar por entre seus dedos.
Estou partindo para nunca mais voltar.
Só peço uma coisa: cuide das flores. Pois as lembranças dessa janela florida serão as únicas coisas que você terá de mim a partir de agora.
Pensei em descer do ônibus, correr até aquela janela florida e gritar o mais alto possível “Eu voltei!”, mas agora seria tarde demais. Depois de tudo o que eu disse, tudo o que eu jurei, as promessas que fiz a mim mesmo. Há certos momentos em que o orgulho fala mais alto e não existe nada que possa ser feito para mudar isso.
O ônibus continuou seguindo seu caminho e a imagem dela olhando para mim daquela janela florida (que em outros momentos foi o cenário das mais belas recordações) fez meu coração sangrar e chorar e berrar. A dor já havia transpassado o emocional e se tornava física. Estava me machucando de todas as maneiras. Não pude suportar.
No dia seguinte, assim que o ônibus chegou ao seu destino, comprei outra passagem e resolvi voltar. Do que me valeria todas as minhas ambições sem ela? Que ganhos eu teria preservando meu orgulho se a dor de perdê-la era maior que a humilhação que iria passar? Isso é, se eu realmente fosse passar.
A viagem de volta foi mais leve, com tom de esperança. Os pensamentos estavam em paz e meu coração e minha cabeça em perfeita harmonia. Agora eu tinha certeza de que estava fazendo o certo.
Cheguei e corri para a casa dela. Eu precisava falar o quanto antes. Gritei várias vezes o meu apelo de perdão, mas não obtive resposta. Tentei falar mais alto, mas tudo que consegui foram os berros dos vizinhos pedindo para que me cala-se. Foi então que percebi que a porta estava aberta.
Entrei e logo de cara o espanto tomou meu peito. A casa estava vazia. Corri por entre os cômodos e não tinha absolutamente nada. Corri para o quarto, o nosso quarto, e a situação era a mesma. Até que notei, grudado no vidro da janela, um pequeno bilhete.
Eu sabia que você voltaria, mas chegou tarde demais.
Você deixou a felicidade escapar por entre seus dedos.
Estou partindo para nunca mais voltar.
Só peço uma coisa: cuide das flores. Pois as lembranças dessa janela florida serão as únicas coisas que você terá de mim a partir de agora.