Esse diálogo surgiu para mim depois de ouvir uma briga de duas meninas fãs de One Direction. Achei interessante mostrar esse lado mais "alienado" dos adolescentes de uma maneira leve, sem aquele compromisso de tentar passar uma mensagem ou crítica, apenas mostrando como realmente é, afinal, todos nós já fomos adolescentes. Eu pensei em fazer algo mais por ele já que, inicialmente, era só um rascunho. O tempo me impediu de fazer algo mais por esse texto então vou posta-lo do jeito que está.
– Você não tem nada melhor para fazer? – gritei.
– Como o que? – ela respondeu como se tivesse todo o poder do universo em suas mãos.
– Quer saber? – bufei – Vai ver se eu estou na esquina rodando bolsinha!
– Não tenho dúvida alguma de que vou te encontrar lá! – ela levantou o queixo de forma tão bruta que pensei que iria sair de seu rosto.
– Passar bem! – sai sem olhar para trás.
Sei que não devia ter me prestado a esse papel, mas foi inevitável. Sempre que esbarro com ela sai em briga. Como pode existir uma pessoa tão insuportável e mesquinha como essa garota. Às vezes me pergunto se ela nasceu daquele jeito mesmo ou se foi aperfeiçoando com o tempo. O poder que ela tem de irritar as pessoas é sobrenatural.
Entrei em casa e liguei o rádio. Não que eu quisesse ouvir alguma música, mas eu sempre tenho que ligar alguma coisa para sentir minha raiva ir se diluindo. Neste caso ela se diluía junta com as ondas sonoras. Me joguei na cama e mordi o travesseiro em um gesto desesperado de passar toda minha raiva para os objetos inanimados que encontrasse.
Minha mãe me chamou para jantar. Deixei minha raiva de lado e corri para cozinha. Estava com tanta fome que poderia comer um leão, se fosse possível.
– Ouvi gritos na rua. – minha mãe colocava minha comida – Andou brigando outra vez?
– Nós não estávamos brigando, estávamos discutindo. É diferente. – respondi tentando passar a maior naturalidade que a situação permitia.
– Pois para mim parecia apenas mais um bate boca inútil. – ela colocou o prato na mesa.
– Mas você não entende mamãe. – dei a primeira garfada – Aquela menina é o demônio em forma de loira.
– Que exagero! – minha mãe deu uma leve risada.
– Você diz isso por que não conhece a diaba! – falei de boca cheia – Aquela menina deve ter um pacto com o demo.
– Tudo bem, já chega. – minha mãe tomava um gole de suco – Você não devia ficar falando assim de sua amiga.
– Só se for no universo paralelo! – quase cuspi minha comida – Aquela lá não é amiga nem dela mesma.
– Tudo bem, que seja. – ela revirou os olhos – Estavam brigando desta vez por quê?
– Você acredita que ela teve a petulância de dizer que o Tobey é mil vezes mais bonito e inteligente que o Jeff. E tem mais! Ela ainda disse que tem certeza absoluta que o Jeff corta dos dois lados.
– Ela tem certeza do que? – minha mãe era muito inocente.
– Esquece mãe! – falei de boca cheia outra vez.
– Mas quem são esses garotos? – minha mãe ficou confusa.
– São os SWBOTBO! – falei como se a resposta fosse a coisa mais obvia do mundo.
– Continuo sem saber do que se trata. – minha mãe tomou outro gole de suco tentando disfarçar sua cara de deslocada.
– Streets West Back On The Block One! Os meninos daquela banda que eu sempre ouço. – respondi novamente como se fosse obvio.
– Aquelas coisinhas magricelas que você tem espalhado pelo quarto? – ela achou graça.
– Exatamente. – sorri aliviada.
– Mas agora me diga – voltei ao meu tom de indignação – Tem cabimento dizer que o Tobey é mil vezes mais bonito e inteligente que o Jeff?
– Honestamente? – ela fez cara de suspense – Não faço a menor ideia.
– Mas você disse que sabia quem eles eram. – agora eu que estava confusa.
– Eu sei que tem um grupo de garotos muito do sem sal e magricelas que você ama, mas quem são eles, eu não faço a menor ideia. – minha mãe terminou o jantar.
– Não tem graça conversar com você. – fiz bico – Você não me entende!
– Garota? – minha mãe levantou a sobrancelha – Eu também já tive sua idade!
– Eu sei, mas isso faz muito tempo. – gozei da cara dela – Você nem deve se lembrar disso.
– Está me chamando de velha? – ela colocou a mão na cintura.
– Estou afirmando com todas as letras. – provoquei.
– Pois saiba que assim como eu já tive sua idade, você também terá a minha um dia. – ela sorriu. Não estava chateada – E quando este dia chegar você se lembrar dessas palavras.
– Mas ainda falta tanto tempo, mas tanto tempo para isso acontecer. – continuei provocando.
– Chispa daqui agora! – ela tentou parecer brava, mas estava apenas brincando.
– Como o que? – ela respondeu como se tivesse todo o poder do universo em suas mãos.
– Quer saber? – bufei – Vai ver se eu estou na esquina rodando bolsinha!
– Não tenho dúvida alguma de que vou te encontrar lá! – ela levantou o queixo de forma tão bruta que pensei que iria sair de seu rosto.
– Passar bem! – sai sem olhar para trás.
Sei que não devia ter me prestado a esse papel, mas foi inevitável. Sempre que esbarro com ela sai em briga. Como pode existir uma pessoa tão insuportável e mesquinha como essa garota. Às vezes me pergunto se ela nasceu daquele jeito mesmo ou se foi aperfeiçoando com o tempo. O poder que ela tem de irritar as pessoas é sobrenatural.
Entrei em casa e liguei o rádio. Não que eu quisesse ouvir alguma música, mas eu sempre tenho que ligar alguma coisa para sentir minha raiva ir se diluindo. Neste caso ela se diluía junta com as ondas sonoras. Me joguei na cama e mordi o travesseiro em um gesto desesperado de passar toda minha raiva para os objetos inanimados que encontrasse.
Minha mãe me chamou para jantar. Deixei minha raiva de lado e corri para cozinha. Estava com tanta fome que poderia comer um leão, se fosse possível.
– Ouvi gritos na rua. – minha mãe colocava minha comida – Andou brigando outra vez?
– Nós não estávamos brigando, estávamos discutindo. É diferente. – respondi tentando passar a maior naturalidade que a situação permitia.
– Pois para mim parecia apenas mais um bate boca inútil. – ela colocou o prato na mesa.
– Mas você não entende mamãe. – dei a primeira garfada – Aquela menina é o demônio em forma de loira.
– Que exagero! – minha mãe deu uma leve risada.
– Você diz isso por que não conhece a diaba! – falei de boca cheia – Aquela menina deve ter um pacto com o demo.
– Tudo bem, já chega. – minha mãe tomava um gole de suco – Você não devia ficar falando assim de sua amiga.
– Só se for no universo paralelo! – quase cuspi minha comida – Aquela lá não é amiga nem dela mesma.
– Tudo bem, que seja. – ela revirou os olhos – Estavam brigando desta vez por quê?
– Você acredita que ela teve a petulância de dizer que o Tobey é mil vezes mais bonito e inteligente que o Jeff. E tem mais! Ela ainda disse que tem certeza absoluta que o Jeff corta dos dois lados.
– Ela tem certeza do que? – minha mãe era muito inocente.
– Esquece mãe! – falei de boca cheia outra vez.
– Mas quem são esses garotos? – minha mãe ficou confusa.
– São os SWBOTBO! – falei como se a resposta fosse a coisa mais obvia do mundo.
– Continuo sem saber do que se trata. – minha mãe tomou outro gole de suco tentando disfarçar sua cara de deslocada.
– Streets West Back On The Block One! Os meninos daquela banda que eu sempre ouço. – respondi novamente como se fosse obvio.
– Aquelas coisinhas magricelas que você tem espalhado pelo quarto? – ela achou graça.
– Exatamente. – sorri aliviada.
– Mas agora me diga – voltei ao meu tom de indignação – Tem cabimento dizer que o Tobey é mil vezes mais bonito e inteligente que o Jeff?
– Honestamente? – ela fez cara de suspense – Não faço a menor ideia.
– Mas você disse que sabia quem eles eram. – agora eu que estava confusa.
– Eu sei que tem um grupo de garotos muito do sem sal e magricelas que você ama, mas quem são eles, eu não faço a menor ideia. – minha mãe terminou o jantar.
– Não tem graça conversar com você. – fiz bico – Você não me entende!
– Garota? – minha mãe levantou a sobrancelha – Eu também já tive sua idade!
– Eu sei, mas isso faz muito tempo. – gozei da cara dela – Você nem deve se lembrar disso.
– Está me chamando de velha? – ela colocou a mão na cintura.
– Estou afirmando com todas as letras. – provoquei.
– Pois saiba que assim como eu já tive sua idade, você também terá a minha um dia. – ela sorriu. Não estava chateada – E quando este dia chegar você se lembrar dessas palavras.
– Mas ainda falta tanto tempo, mas tanto tempo para isso acontecer. – continuei provocando.
– Chispa daqui agora! – ela tentou parecer brava, mas estava apenas brincando.